PJdFelgueiras
Pastoral da Juventude de Felgueiras
"Movidos pelo amor de Deus, no aprofundar da Fé e do discernimento"
1. Como dar início a um grupo de jovens?
Muitos jovens, ainda que dependendo de instituições como a Família, a Igreja e a Escola/Universidade para a promoção do seu futuro, sentem, muitas vezes, necessidade de um grupo de aprticipação que dê crédito a esse desejo de promoção que mais não é que uma sede de dar resposta ao sentido da vida. Por isso, um ou uma jovem que leve a sério esta sede é um potencial animador ou, pelo menos, promotor do início de um grupo de jovens que, no contexto da vida da fé, saiba dar resposta às aspirações de jovens como esse ou essa.
Assim, deixam-se aqui algumas notas que não pretendem ser regras, mas somente sugestões para o sucesso da criação de um verdadeiro grupo de jovens inserido no dinamismo da pastoral da Igreja:
1. Um grupo de jovens pode ser:
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Paroquial (que vive, como as crianças, os adolescentes, os adultos, as famílias, os idosos, etc., dentro da dinâmica do projeto comunitário num contexto paroquial e diocesano);
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Movimento (ligado a uma instituição que também acompanha jovens, mas que tem uma organização diocesana e supra-diocesana, tendo uma espiritualidade própria e um dinamismo próprio, dentro da comunhão da Igreja Universal. Ex.: Ação Católica, Mensagem de Fátima, etc.)
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Associação ( " )
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Obra ( " )
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Podes encontrar alguns dos Movimentos, Associações e Obras com representatividade no Conselho Diocesano da Pastoral da Juventude AQUI.
NOTA: Um grupo não tem de ser necessariamente "paroquial" no sentido fechado do termo. Pode estar ligado a um movimento, associação ou obra, desde que dentro do acompanhamento do pároco. Muitos grupos de jovens não chegam a nascer porque lhes faltam motivações espirituais fortes. A celebração do Sacramento do Crisma é uma delas, mas, muitas vezes, mal percebida. Na falta de um programa sequencial entre a Catequese da Infância e Adolescência, que leve a cabo os efeitos (não automáticos, nem mágicos) deste Sacramento, pode ajudar um dinamismo forte já presente num movimento eclesial.
2. Dar início a um grupo de jovens:
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Em primeiro lugar, se és um/uma jovem e estás naquele grupo minoritário dos que têm sede comunhão na procura do sentido da vida, no aprofundamento da fé e na viagem para a idade adulta, mas ainda não viste à tual volta um grupo de jovens no qual te possas inscrever, pensa em primeiro lugar que a pastoral da juventude é uma ação em favor dos jovens e não uma "euforia de momento". Para isso, como para outras dimensões da ação da Igreja, há orientações para assegurar que essa ação seja séria para ser apostolicamente eficiente.
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Uma primeira orientação é que essa ação, embora seja, num sentido amplo, responsabilidade de toda a Igreja diocesana, começa por ser, no concreto, de um padre - o pároco. No contexto de um território não tem sentido começar um projeto sem ser orientado e acompanhado sem o pároco. De outra forma, correr-se-ia o risco de iniciar algo sem garantias de continuidade ou de eficiência objetiva. Neste sentido, os jovens com crisma de animação ou com necessidade de um grupo, poderão abeirar-se dele para o ajuar a fundar um grupo na paróquia.
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Um grupo de jovens, na paróquia, tem de ser inclusivo (aberto a todos os jovens) e não exclusivo (fechado). No entanto, terá de ser coeso e fator de união. Esta abertura, no entanto, terá de ter regras para que o grupo cumpra a sua missão (idades, princípios, objetivos, etc.).
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A "angariação" de jovens para o grupo deve fazer-se mais respeitando a dinâmica evangelizadora da Igreja do que por "inscrição", como se o grupo de jovens fosse uma associação juvenil civil. Para se dar início a um bom itinerário juvenil, é necessário que alguns agentes, com a ajuda do pároco, estejam presentes e façam acolhimento aos jovens nalgumas atividade, convidando-os, posteriormente, a fazer parte de um itinerário*.
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Também poderá haver vários grupos de jovens, tendo em conta que não podemos pô-los "todos no mesmo saco". Porque a pastoral da juventude não é uma realidade unívoca e acompanhar em "grupão" não é eficiente, poderá haver vários tipos de itinerários. Por ex.: poderá acompanhar-se os jovens que receberam o Crisma num grupo específico e pode haver outro(s) grupo(s) de jovens, porventura, com necessidade de uma caminhada mais profunda, conforme as suas idades (ligados a movimentos ou não...).
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Cabe ao pároco escolher, na comunidade, animadores que acompanhem este(s) grupo(s). Sobre o perfil deste animador, falaremos no segundo artigo.
PERGUNTARÃO: - Porque é que não se incide na importântia do pároco na criação de um grupo de jovens? Resposta: É verdade que o pároco tem o dever de acompanhar os jovens na sua missão pastoral. No entanto, talvez um bom grupo de jovens não comece pelo "dever" ser, mas pela necessidade que os próprios jovens têm de um grupo para se sentirem felizes. Assim, entre o "dever" e a "necessidade", se estas se fizerem sentir, talvez a consciência do dever (onde não existe nenhuma ou pouca pastoral em favor dos jovens) se pronuncie com a atenção aos jovens.
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* A presença e o acolhimento no processo global da evangelização (CEP, Para que acreditem e tenham vida, 2005)
(1) presença e acolhimento |
(2) primeiro anúncio |
(3) catequese/ itinerário |
(4) comunidade celebrante |
(5) comunidade missionária
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Para que os destinatários possam escutar a Boa Nova, precisam de ter o coração bem disposto, atento e acolhedor. Nesse sentido, o primeiro passo e a atitude constante para evangelizar é “captar a benevolência” dos destinatários, tornando-se, no meio deles, uma presença amiga, acolhedora e solidária. À semelhança de Jesus que pela Sua Encarnação se situou no meio de nós para nos anunciar o Evangelho (Cf EN 21; AG 10).